O Grupo de Teatro Mari Mari se apresenta em Itaquera nesta sexta, 24/08 e na segunda-feira, 27/08, com o apoio da Supervisão de Cultura da Subprefeitura de Itaquera. Na sexta-feira farão apresentações na CEI Maria Cursino às 10 horas e na CEI Cidade Líder às 14 horas. Na segunda-feira as apresentações acontecem na CEI Carmelina Marinho de Oliveira, às 10 horas, e na Subprefeitura Itaquera às 14 horas.
As peças apresentadas no Brasil são histórias retiradas de vários contos antigos japoneses (Momotaro, A deusa do manto de plumas, Rola rola bolinho, etc.), e ainda, apresentações com a participação do público (O machado de ouro e o machado de prata, O grande nabo), além de canções infantis do Japão “Furusato (Terra natal)” e “Hamabe no uta (Canção do mar)”.
O Mari Mari é um grupo especializado em “entrega” de peças teatrais e desta vez, estão presentes no Brasil 4 artistas, Hotaka Hagiwara, Masakazu Teramoto, Yukako Osawa e Yutaro Tsuchiya.
As peças podem ser apresentadas em qualquer lugar, pois os artistas atuam num espaço equivalente a 1 tatami (910mm x 1820mm), e a duração é de 20 a 120 minutos. Por exemplo, a apresentação pode ser realizada em pequenos quartos, salas de reunião, ao ar livre, em ruas, hospitais, saguões, salas de aula ou qualquer outro lugar e sem o auxílio de qualquer instrumento.
Desde 2011, a Universidade de Arte e Cultura de Shizuoka (SUAC) vem realizando o Teatro Mari Mari nas escolas brasileiras de Hamamatsu, no Japão, e comunidade local. Através do Projeto realizado pela SUAC, serão entregues mensagens de Hamamatsu, cidade com maior concentração de brasileiros no Japão, ao Brasil.
O professor Ikegami Shigehiro (Departamento de Cultura Internacional, Faculdade de Arte e Cultura de Shizuoka), idealizador do projeto, tem observado uma nítida segregação de comunidades de dekasséguis com os locais, em sua cidade de Hamamatsu, que tem a maior população de brasileiros atualmente no Japão. Crianças e adolescentes sofrem com essa discriminação, com crises de identidade agudas, já que essas mesmas pessoas, no Brasil são tratadas como “japoneses” e no Japão são tratadas como “estrangeiros”, sempre com olhar de desconfiança. O projeto visa, através da arte, levar de um lado ao outro do mundo (daí o conceito “delivery”) as mensagens de apoio mútuo dessa minoria.
Fonte: Prefeitura de S. Paulo