Moradores de prédios em Itaquera reclamam de insegurança

Os moradores dos condomínios Sal da Terra 2 e 3, em Itaquera, na Zona Leste de São Paulo, cujos apartamentos fazem parte do Programa de Arrendamento Residencial (PAR), criado pela Caixa Econômica Federal, reclamam dos problemas de falta de manutenção e segurança. Os condomínios não têm síndico e a administração é feita por uma empresa terceirizada escolhida pelo banco.

O PAR, criado em 2001, são para moradias mais baratas com mensalidades que podem ser pagas por até 15 anos. No fim do contrato, o morador tem a opção de comprar o apartamento.

Mas os moradores dos condomínios financiados pelo programa dizem que ninguém se responsabiliza pela manutenção. Em um dos condomínios, por exemplo, alguns postes de iluminação estão sem lustre. Outros nem foram instalados e o muro perdeu sustentação.

“Os principais problemas que a gente tem é a falta de manutenção, a falta de segurança no bairro de Itaquera, entra quem quer e sai quem quer. A gente entra em contato pra pedir respaldo sobre manutenção e segurança e nada”, diz a moradora do Sal da Terra 3, Aline de Lima da Silva.





Cada um dos prédios tem cinco andares, com quatro apartamentos por andar e sérios problemas de segurança como falta de mangueira para caso de incêndio e licença dos bombeiros vencida.

Mas para a moradora do Sal da Terra 2, Cleide Rodrigues da Silva, a maior preocupação são as contas de água, que estão atrasadas desde setembro. A dívida já passa de R$ 55 mil.

“A nossa conta de água está sem pagar desde setembro. A administração alega que não está pagando essas contas devido o valor que está vindo muito alto. Parou de pagar e só veio nos avisar isso no dia 28 de dezembro. A qualquer momento, são 160 famílias, que podem ficar sem água e isso é preocupante”.

Os moradores ainda temem pagar multa e juros. Atualmente já arcam com uma dívida de água de 2000, quando nem moravam nos prédios.

A Caixa Econômica Federal confirmou, em nota, que o pagamento da água no Sal da Terra foi suspenso porque o valor estava muito alto. A suspensão vale até o fim da análise feita pela Sabesp, mas não deu prazo para isso. Ainda segundo a nota, os moradores não serão prejudicados e a Sabesp se comprometeu, com a Caixa, que não vai cortar a água. Os extintores vencidos serão trocados em 15 dias.

Fonte: G1





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